quarta-feira, 28 de julho de 2010

Novo com Cara de Antigo

Em São Paulo ontem estava bem frio, nesta época, sempre ouço alguem dizendo: "no inverno é bom porque as pessoas se vestem melhor".
Será? Na verdade, o que eu mais vejo, principalmente, na região da Paulista, são os looks cebolas, aquele na qual a pessoa vai colocando um casaco por cima do outro, formando verdadeiras camadas combinado com meia+bota.
Nem sempre o resultado dá certo, principalmente, quando a pessoa tenta ser muito fashion.
Mas, a idéia de que no calor todo mundo se veste de forma despretensiosa, buscando conforto e frescor, enquanto no frio o look pode ser mais elaborado, até faz sentido.
Quem costuma bisbilhotar em sites e blogs gringos percebe que no inverno é mais fácil encontrar fotos com visuais mais inspiradores.
No verão escaldante que está fazendo lá fora, o combo: short jeans+regata+chinelinho parece dominar.
Mas, a idéia deste post surgiu a partir das fotos abaixo, da campanha da Raquel Zimmermann para a Chloé.

Achei chique, elagante demais!
Mas, repare bem...o novo tem cara de antigo, de clássico.
Calça cintura alta, camisa de seda, gola laço, tons básicos...mamãe já usou muito, e agora, sou eu a suspirar.
Virei senhoura e nem percebi?!
Estou ansiosamente esperando as versões inspired que, com certeza, a Zara vai nos brindar.
Tudo bem, que provavelmente, só no próximo inverno.
A marca que já foi a preferida de Jacqueline Kennedy e Brigitte Bardot, desde sempre apresenta peças que são símbolo de elegância, independente da época.
Até hoje me arrependo de não ter adquirido um par de óculos de sol maravilhoso da marca, que encontrei no brechó da Gabrielle Geppert. Mesmo custando praticamente o mesmo preço de um par da ultima coleção de qualquer outra marca européia famosa, como disse meu marido, era o tipo de aquisição duradoura.
O que eu tenho visto, cada vez mais, é justamente isso: roupas e acessórios bem parecidos com os que já foram desejados por gerações anteriores, e que se for usado hoje ou daqui um ano, provavelmente, será considerado elegante.
Leia-se elegante, como aquela peça bem cortada, de tecido bom, que quando você usa se sente poderosa, mesmo se tratando de uma peça bem basiquinha. E ainda, que faz você se achar uma mulher bem sucedida, independente de ser a mais nova estagiária ou a chefona do lugar.
Parece que essa aposta em peças clássicas não é apenas da Chloé, veja os modelos abaixo.


Tiradas de algum desfile ou editorial dos anos 50, 60, 70? Não!
Da esquerda para direita: desfile Louis Vuitton, desfile Prada, desfile L'Wren Scott (a estilista que namora o Mick Jagger, e que "lembra" a Luciana Gimenez) e por fim, editorial recente da Vogue UK.

Então, a foto acima é de algum editorial de verão de uma revista de agosto? De novo, não!
Diretamente dos anos 60.

Novamente, a linda da Rachel Zimmermann, agora na Vogue US de agosto.
Chiquérrima! Entretanto, para mim não tem cara de novo.
Mas, ai você pensa: se eu sair por ai usando o vestidinho rosa, é melhor colocar uma plaquinha "ultima coleção da Prada", caso contrário vão tachar de look vovozinha.
Ou ainda dizer: agora tá fácil, vou fazer a festa no brechó mais próximo e justificar que estou seguindo a ultima tendência européia.
A pergunta que fica: é possível seguir essa onda, e investir em visuais clássicos e elegantes, sem ficar com cara de datado?
Sempre acho que a internet está ai para ajudar a nos inspirar.
Então, aqui vão algumas sugestões.
Vestidos de corte reto e simples.
Mangas 3/4, como o vestido da Giovanna Battaglia estão em alta. Repare que ela deixa tudo mais interessante usando um cinto fininho e uma encharpe, duas peças para lá de clássicas.
Lembrando que ela, na minha opinião é uma das mulheres mais estilosas do mundo fashionista.
No look da direita, só para frisar que uma boa bolsa e um belo casaco ajudam a criar o look poderosa.
Agora, esqueça a meia-calça branca, trabalhada ou não, se suas pernas não forem tão finas quanto as da moça. Depois de uma certa idade (e quilos), meia-calça clara deve se tornar lembrança das aulas de balé da infância.
Invista no casaqueto!
Tente desviar a atenção da bolsa Chanel (outro clássico) e preste atenção no casaqueto e lenço que a moça está usando.
E a Emma Watson? Casaqueto+cintinho+colar poderoso usado com camisa de colarinho.
Não parece tão dificil, não é mesmo?
Mas, look elegante só é feito com cores básicas?
Eu acho que não.
De novo, vestidos de corte simples, casaqueto, manga 3/4.
Lembrando que, a moça de amarelo está usando um cinto Moschino, que já foi símbolo da cafonice do final dos anos 80, e, simplesmente, de uma hora pra outra, voltou com tudo, verdadeira febre.´
Ok, mas você é jovem, moderna, estilosa, que não está a fim de ser confundida com sua chefe, nem ser chamada de clássica.
Então, essa onda não é para você?

As fotos acima mostram que não.
Mais uma vez: manga 3/4, o clássico preto e branco e casaqueto.

Onde você mora não faz frio? Gosta mesmo de visual desposado? Macacão colorido de tecido molenga! Clássico dos anos 80, e olha ai a manguinha 3/4, de novo!
Você quer fazer o estilo jovem poderosa, mas não aguenta visual monocromático, nem preto&branco? Casaqueto, cinto fininho e cores vibrantes nos acessórios.
E ai, qual a peça ou acessório que faz você se sentir poderosa e atemporal?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pedido Feito, Pedido Atendido - Ankle Boots

Nos comentários do post anterior, a querida leitora Mi Satake pediu um post sobre ankle boots.
Pois bem, pedido feito, pedido atendido.
Os primeiros modelos que me vem a mente quando penso em ankle boots são os abaixo.
As ankle boots sempre estiveram presentes no nosso vestuário, mas, antes eram conhecidas como botas cano curto, botinhas.
Acontece que, no ultimo inverno europeu/americano viraram uma febre, assim, adotaram o nome gringo e, antes mesmo do frio começar por aqui, já estávamos cansadas de saber que essas botas seriam o uniforme da estação.
A princípio foi um verdadeiro alívio para quem não aguentava mais botas de cano longo, que por muito tempo reinaram absolutas, primeiro, acompanhadas de saltos altíssimos, e nos ultimos 02 invernos, no estilo montaria.
Bastava esfriar um pouco para você ver um batalhão de mulheres como se estivessem indo à aula de equitação... só faltava o cavalo.
Então, usar uma bota que fugisse do "batido" cano longo sugeria uma renovação total, e praticamente todas as marcas nacionais (isso sem contar as internacionais) trataram de colocar a nossa disposição as mais variadas versões.
Eu não me preocupei muito, pois há mais de um ano, ganhei um modelo da minha mãe e sempre usei.
Porém, mal o inverno começou (a estação, não o frio), e já surgiram nos blogs e twitter as insatisfações com o real resultado que uma ankle pode causar no visual.
A Re Nogueira, do Eu Amo Chanel, por exemplo, contou em um post que: comprou, não gostou e trocou por sandálias pesadas. A idéia dela era usar com saias e o resultado não agradou.
A Sissi, do Commode resumiu perfeitamente o que pode acontecer: efeito açougueiro - corta a pessoa. E fez um post excelente, com dicas de como usar ankle boots.
Depois, a Constanza do Futilish saiu a caça da ankle perfeita, achou e postou, e ainda fez outro post com looks para se usar com as botas.
Outros blogs que acompanho também falaram sobre o assunto, e assim, foi possível aprender um pouquinho sobre as alegrias e tristezas que essas botinhas podem causar.
Pois bem, eu nunca passei por esse problema, pois a minha eu sempre usei com calças.
Por mais bonita que seja a idéia do combo: vestido + botinha de cano curto, eu tenho 1,64 e sei bem a grossura das minhas pernas, ou seja, não rola para mim.
Além disso, da onde eu venho, esse combo é coisa de gente da roça, ou de festa junina.
A única diferença é que, ao invés de usar vestido com ankle, no visual jeca você usa botina mesmo.
Lembrando: botina não deixa de ser uma variação da ankle, só que de salto baixo.
Falei alguma heresia? Arrepiou diante de tamanha blasfêmia?
Ok, os tempos mudaram, e essas botas estão ai, nos mais variados modelos e permitindo as mais diferentes formas de usar.

Hoje, ankle boots podem vir com fivelas e tiras.
E tachas então? Podem vir desde um simples detalhe até totalmente tachada.
Mas, continua a pergunta: ankle boots com vestido, ou saia, realmente rola?
Como as moças acima mostram, realmente é possível usar e ficar uma graça.
Para mim, a questão é de fácil resolução, tudo depende da quantidade de perna que você consegue mostrar.
A princípio, a combinação perfeita para ankle boots seriam pernas longas e finas, mas esta não é uma verdade absoluta.
Repare na atriz Mischa Barton (a esquerda), ela mede 1,75, ou seja, não é baixinha, e apesar de ultimamente viver em constante efeito sanfona, na foto, percebe-se que ela estava magra. Mesmo assim, a combinação, na minha opinião, não rolou.
O que dizer da foto da direita? Deixar somente esse "pedaço" de perna não favorece a ninguem, além de achatar, engorda também.
Saia na altura do joelho com ankle, definitivamente, não rola.
Mas, continuo a bater na tecla que, mais importante do que o comprimento da saia é a quantidade de perna exposta.
Acima, três modelos diferentes de ankle boots, usadas com saias de comprimentos diversos.
Não amei o look de nenhuma delas.
Continuo a dizer: o problema é a quantidade de perna que se deixa exposta.
E por mais que a atriz Kate Winslet (ultima a direita) tenha deixado um bom pedaço das pernas a mostra, acho que o modelo do cano da bota é que não ajudou.
Se optasse por uma parecida com as abaixo, acho que ficaria muito melhor.
Digo isso porque aprendi nos posts que indiquei acima, que ankle boots com abertura (boca/cano) inclinada são as melhores amigas de quem deseja usar esse tipo de bota, mas não possui pernas longas e finas.

Uma boa alternativa para driblar a "falta" de pernas longas é usar ankle com meia-calça escura, da mesma cor das botas, para alongar o visual.
Como se vê nas fotos acima, sempre fica bonito e independe do tamanho da saia.
Agora, para quem deseja usar essas botas sem meia-calça, a melhor solução é apostar em saia ou shorts bem curtos.
Quanto mais pernas expostas melhor o visual.
Não necessariamente as botas precisam ser pretas.
A cantora Lily Allen desde o ano passado abusou da sua Louboutin pink.
O modelo é lindo, e não acho que ela fez feio.

Mas, se tem uma coisa dificil de usar é ankle boot com franjas.
Se for branca então, a situação fica bem complicada.
Haja pernas e confiança no visual.

E ankle boots metalizada? Lindas!
Impossível? Não acho.

Eu amei esse visual, perceba que as meias são opacas, na verdade, a única coisa metalizada no look inteiro são as botas.
E as open boots? Eu gosto tanto que adquiri um par para mim.
Ok, não uso com saias, só com legging, e mesmo assim, estou muito feliz com elas.
Os dois modelos acima são Alexander McQueen, e são os meus preferidos.
Várias marcas fizeram suas versões "inspiradas", principalmente no modelo da direita, que é ótimo por causa do tipo de abertura, alonga bastante o visual.
Aqui no Brasil, eu vi na Santa Lolla e Emporio Naka, o difícil é encontrar um par em alguma loja, a não ser que você calce 35.

Mesmo deixando aparecer a ponta dos dedos, para usar vale a mesma máxima das ankle boots, a harmonia no visual vai depender da quantidade de perna que você vai deixar a mostra.
O bom é que há versões de open boots de abertura inclinada, como o modelo marrom, e também, o que promete ser a grande aposta até o verão realmente voltar: sandálias abotinadas, como o modelo vermelho.
Eu gosto muito e é uma boa opção para quem mora em lugares onde o frio não dura muito, mas deseja usar sapatos com modelagem de inverno e não pretende aderir aos tamancos - outro "hit" da estação.
Além disso, ficam lindas com meia-calça, e é o tipo de compra que dura mais que uma estação.
A febre passa e o sapato continua "em dia".

E não poderia deixar de mostrar que, as grandes e democráticas companheiras seja de ankle ou open boots são as calças.
O visual sempre fica bonito.
Entretanto, se você não mora no Sul, não é adepta do gauchismo, ou mesmo, não costuma frequentar Centro de Tradições Gauchas - CTG, evite o efeito bombacha, e opte sempre por calça de modelagem ajustada, fuja de calça larga.
Caso você tenha lido este post até aqui, o tempo todo pensando: "ah ankle boot já cansou... é modinha passageira..."
Reveja seus conceitos, a foto acima são das botas apresentadas no ultimo desfile da Chanel.
E se Karl Lagerfeld conseguiu fazer com que os tamancos (clogs se preferirem) ressurgissem com força total, não duvide que ano que vem veremos botas bicolores, cheias de brilho ou pérolas por ai.
Reparou na altura do cano das botas? Pois é, vida longa as ankle boots.
Espero que a Mi Satake goste do post.
E feliz dia do amigo a todos os leitores!

domingo, 11 de julho de 2010

Rendas e Transparências

Dificil uma mulher que não goste de renda.
Rendas são versáteis, podem incrementar desde um vestido de noiva até um visual rocker.
As transparências muitas vezes são associadas a um visual mais sexy, mas, hoje em dia, com as sobreposições, por exemplo, cada vez mais também permitem variações.
Mas, isso você já está cansada de saber, aprendeu com o tempo a usar com moderação, e tem visto várias matérias, posts, sobre o assunto.
Qual a novidade?
Veja a foto abaixo.

O combo: body de renda + vestido transparente, antigamente era traduzido em camisola sexy, ou mesmo, coisa de editorial de revista.
Mas, os tempos mudaram, e eu acho que a culpa recai, principalmente, sobre os italianos Dolce & Gabbanna.
O mesmo vestido da marca italiana, usado com capa por Carine Roitfeld, editora da Vogue francesa, usado com casaqueto por Madonna, só com body por Dita Von Teese, e no visual ainda mais ousado, com calcinha e sutiã por Lady Gaga.
Ai, você torce o nariz, perdoa a Carine e conclui que as demais sempre gostam de chamar atenção e chocar.
Mas, não parou por ai...
A mais fashionista das editoras de moda, Anna Dello Russo, já apareceu com dois modelitos assim.
Mas, como a mesma diz em seu site, ela não quer ser cool, quer ser fashion.
Então, ela ousa sempre, você concorde ou não com suas escolhas.
Dita Von Teese resolveu aparecer com outro vestido da marca italiana, também com rendas e franjas, mas usou de forma mais comportada, como estamos acostumadas. Já Penélope Cruz, com o mesmo vestido, optou pelo visual ousado.

Ai, Britney Speers também resolveu usar Dolce & Gabbanna... e você começa a se preocupar.

Eu não posso dizer que apenas Dolce & Gabbanna apostaram em rendas e trasparências, o vestido da cantora Ciara segue o mesmo conceito, porém é da maison Givenchy.
Saindo um pouco dos red carpets...

A tenista Venus Williams durante o torneio em Roland Garros, deste ano, aproveitou que estava em Paris, cidade fashionista, e levou as quadras renda e transparências

E de repente, começo a ver fotos de transparências durante o dia, usadas assim, com shorts curto.

Mas, não apenas na parte debaixo elas aparecem sem..vamos chamar assim.. forro.
Algo que há tempos não via, Janet Jackson tratou de trazer de volta.
Eu achei o vestido muito bonito, mas na minha opinião ficaria mais elegante se não aparecesse o sutiã.
Mas, antes aparecer um sutiã do que um pedaço dos seios, como aconteceu com a Christina Ricci.
Acredito que a proposta do vestido, que eu particularmente achei muito cheio de informação, era que a transparência da renda ficasse na região do abdomem, mas algo saiu errado, e a impressão que ficou é que os seios apareceram por força da gravidade.

Diane Kruger em uma versão um pouco mais comportada, mas nem tanto, como se vê na foto que ela está de lado.
Precisava? Funciona na vida real?
Eu acho que não precisava, e que não funciona, pois não consigo pensar em um lugar, ou evento, onde você possa ir de vestido de renda transparente, só com um body por baixo sem causar verdadeira comoção...

E renda transparente assim, só na lateral e lugares estratégicos? Acho bonito.

Porém, exige cuidados.
No caso da cantora Kelly Rowland, como se vê na foto do detalhe do vestido, a calcinha aparece onde não deveria.
Esse tipo de detalhe não combina com pedaço de calcinha aparecendo, deve ser usado como fez Julia Restoin-Roitfeld, filha da Carine .
Se até agora, você gostou do resultado das transparências que apresentei, a foto acima é para comprovar que não é fácil não.
E para provar que não é só no Brasil que é dificil ver algo assim, a foto acima é da americana Julie Atlas Muz no Festival de Cannes deste ano.
Se dói ver na foto, imagina pessoalmente.
Mas, não dá para usar renda e transparência então?
Claro que é possível usar de forma elegante sim.

Pode ser de uma forma bem suave para diminuir o impacto do decotão, como usou a atriz Willa Holland.

Vestido de renda escura com fundo claro, como esse da Sabrina Sato, sempre fica lindo.
Mas será que o efeito chique seria o mesmo se ao invés do fundo claro, ela usasse apenas a renda com um body? Duvido.

A atriz Nikki Reed ousou na transparência, mas os detalhes com penas e os bordados chamam mais a atenção e tornam tudo mais leve, achei bonito.

A francesa Marion Cotillard em mais um exemplo de como renda escura com fundo claro fica chiquérrimo.
Para terminar, dois modelos, um de transparência e outro de renda, que eu acho muito bonito.

Mariana Ximenes em um modelito maravilhoso e nada dificil de copiar.

E Olivia Palermo com um vestido de renda cheio de bossa (acho tão bonitinho falar isso..rs..).
Então, a questão: é possível ser fashionista ao extremo e trazer para vida real a proposta dos estilistas, por mais que você não seja editora da Vogue (seja da francesa ou japonesa), cantora ou atriz famosa? Tem coisa que não funciona nem em red carpet?
E mais: se você encontrar uma mulher usando o combo: vestido de renda + body, você dirá: nossa, essa é antenada, super seguindo Dolce & Gabbanna, ou, dirá que que a moça é amiga da Rita Cadilac?

sábado, 3 de julho de 2010

Turbantes - A onda que Ti Ti Ti vai trazer

Li em uma revista que na novela Ti Ti Ti (remake que estréia em julho) os figurinistas pretendem utilizar muitos turbantes na composição dos looks dos personagens.
Na hora eu me irritei e o papo via twitter até rendeu um post da Eliza Leopoldo do Reverbera Querida (só clicar e ler).
No filme Sex and The City 2, lançado há pouco tempo, a personagem Carrie também aparece usando um turbante.

Mais do que o filme, a novela sim vai gerar uma invasão de turbantes na rua.
Digo isso porque tive a mesma irritação quando anunciaram a novela Caminho das Índias, pois tinha certeza que uma legião de indianas ocupariam as ruas.
Mostrou na novela, a moda pega nas ruas.
Na época da novela na rua 25 de Março e nos shoppings o que mais se via eram roupas e acessórios no estilo indiano.
Acabou a novela e a moda continuou? Não. 99% daquelas que aderiram já não suportavam mais qualquer coisa que lembrasse a Índia.
Assim, não usam porque gostam, mas sim porque está na novela.
E o colar com pingente do Divino Espirito Santo da Tereza de Viver a Vida? Tinha em praticamente todas as lojas, agora sumiu.

Confesso que já tive minha fase turbantes e tudo devido a uma novela.
Mas, eu tenho uma desculpa, eu era criança e amava a Viúva Porcina de Regina Duarte, em Roque Santeiro.
Os meus eram assim, lembravam um mega laço de tule.
Mas, eu cresci e hoje turbante não combina mais comigo.

Os turbantes sempre foram um acessório fashion e já apareceram em capas de revistas.
Marcas famosas também já apresentaram sua versão, como esse Prada de um editorial de 2007.
Também não é dificil ver alguma famosa usando turbante para incrementar a produção.
Para mim, o modelito de Ashley Olsen lembra mais uma militante palestina fashion, mas ela apareceu assim recentemente.
Já Kate Moss usou esse modelito criado por Marc Jacobs ano passado, no disputado baile do MET em NY.
Para usar turbante tem de ter estilo e segurar o modelito.
Sempre que penso neste acessório eu lembro de Catherine Baba nesta foto.
A stylist australiana que mora em Paris e é considerada um ícone fashion volta e meia aparece de turbante.
Não é só ela que usa, e o acessório tem aparecido em várias fotos, como nesta tirada pela jornalista Ana Clara Garmendia.
Sim, eu sou totalmente fã do trabalho dela, porque desde que comecei a acompanhar o blog dela, eu sei que se ela mostrou, se em Paris está se usando, logo chega por aqui. Ela é fera.
Então: ti ti ti + sex and the city + street style parisiense = invasão de turbantes.
Mas, você é uma mulher moderna, que antecipa tendências e não tem medo de ousar...então, está pronta para usar.
Use sem medo e pode ter certeza que vou achar bonito, a minha birra é com quem usa sem gostar ou combinar com o estilo, só porque viu na novela.
Visual all black de inverno.
Já imagino a 25 de Março vendendo aqueles turbantes prontos, do estilo que vende em Salvador durante o carnaval, para aqueles que querem imitar os Filhos de Ghandy.
Como se vê na foto acima, um belo turbante precisa ser bem feito, tanto de frente como de costas... não é facil.
Para usar turbante não existe muita regra e sim estilo.
Veja que a moça da foto acima, ficou linda usando um modelo bem colorido combinado com uma blusa também estampada.
Acho que a única regra são com relação ao uso de brincos. Turbante não combina com brincos grandes, preste atenção nas fotos, tirando Porcina ninguem aparece com algo grande.

Turbante torcidinho, menor, liso atras e com nozinho na frente.

Você pode esconder todo o cabelo dentro do turbante, ou ainda usar com cabelos soltos, como se vê nas fotos acima.

Além dos estampados há também a versão lisa.
Turbantes claros: versão curta e comprida, que cai nas costas.
Acho bonito o contraste com o cabelo escuro.

Turbantes coloridos, na versão contrastando com a cor da roupa ou combinando.
Versão tiara, no estilo que eu usava na minha fase Viúva Porcina.
Com certeza, um dos mais fáceis de usar.
Acho esta foto linda.
O legal é que a cor do turbante não combina com a da roupa, mas mesmo assim fica bonito.
Além disso, esse sorrisão deixa tudo mais interessante ainda, pois ela parece muito confortável com o que está usando.
E para terminar, uma homenagem as queridas Eliza Leopoldo e Rafaela Germano, do Pretty Rockless, que são fãs da Audrey Hepburn.
E vocês, qual moda da novela já aderiram? Olha que tem muita coisa boa!